Qualidade de Vida é Péssima Para Quem Tem Enxaqueca
Enxaqueca pode devastar a qualidade de vida, relacionamentos, bem-estar, energia, humor e autoestima. Mesmo assim, continua incompreendida e menosprezada.
Em portadores de enxaqueca, assim como de qualquer doença crônica, é possível medir a qualidade de vida fazendo um questionário. Entre outros fatores, esse questionário pode medir, fácil e objetivamente:
- O número de dias de inatividade causados pela doença (quantos dias por mês de faltas ao trabalho, por exemplo);
- Prejuízo no relacionamento social (ex: quantos dias por mês precisou desmarcar atividade social por causa dos sintomas);
- Quantidade de idas por mês a prontos-socorros e médicos, por conta de crises/exacerbações dos sintomas.
Se você der este questionário para portadores das mais variadas doenças crônicas, poderá chegar a uma surpreendente conclusão: que enxaqueca provoca tanto prejuízo à qualidade de vida quanto diabetes, artrites e outras doenças debilitantes, incapacitantes. Só perde no ranking de qualidade de vida para doenças como AIDS em fase ativa e câncer em fase avançada.
Apesar dessa doença chamar atenção desde a pré-história, o número de médicos especialistas em enxaqueca (por assim dizer) é pequeno. Isso não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro. Informações desencontradas e conceitos arraigados fazem com que o paciente seja muitas vezes incompreendido.
Enxaqueca: A dor invisível
Ela costuma ser menosprezada no ambiente familiar, social e de trabalho, como sendo “apenas uma dor de cabeça”. Mas na verdade, a enxaqueca pode destruir e devastar a qualidade de vida, relacionamentos, bem-estar, energia, humor e autoestima.
É invisível porque não aparece nenhuma anormalidade nos exames. Exames de sangue, eletrocardiograma, tomografia, ressonância magnética ou qualquer outro que seja, não detectam absolutamente nada. Ou se detectam alguma anormalidade, ela nada tem a ver com a enxaqueca em si. Constitui, simplesmente, aquilo que os médicos chamam de “achado de exame”.
Porque todos os exames dão normais, muitos médicos acabam declarando: “-Você não tem nada”. Porém, o certo seria dizer: você não tem nada que os exames sejam capazes de detectar. Não existe no mundo exame sofisticado o suficiente para detectar o que você tem.
A enxaqueca é causada por um desequilíbrio químico cerebral muito sutil para ser detectado em qualquer exame atual. Porém, esse sutil desequilíbrio pode provocar verdadeiras “tempestades cerebrais” que são as crises de enxaqueca. Dor de cabeça (que podem chegar até mesmo a ocorrer diariamente), náuseas, vômitos, a tenebrosa aura e uma grande variedade de outros sintomas podem levar à perda de oportunidades de trabalho, prejuízo de relacionamentos
Com estudos como esse, a sociedade em geral vem se conscientizando de algo que nós, que nos dedicamos a esse campo há algum tempo, já sabemos: que essa é uma doença muito séria, que ela é muito comum, e que os custos e sofrimentos por ela causados ainda não foram completamente avaliados.
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Dr. Alexandre Feldman, CRM(SP) 59046
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