Caros amigos,
A seguinte Carta ao Editor foi enviada há mais de 120 anos, por uma menina de 8 anos de idade, para o jornal novaiorquino The Sun. Veja abaixo a carta e a resposta do editor, datada de 1897, que traduzi livremente. Faço dela a minha mensagem de Natal para todos vocês.
Feliz Natal e um Ano Novo sem dores de cabeça, em todos os sentidos!
Dr. Alexandre Feldman e família
Prezado Editor,
Tenho 8 anos de idade.
Alguns dos meus pequenos amiguinhos dizem que Papai Noel não existe.
Papai me disse: “Se você ler tal informação no jornal The Sun, então é verdade”.
Por favor, diga-me a verdade: Papai Noel existe?
Virginia O’Hanlon
A resposta foi publicada pelo jornal no dia 21 de setembro de 1897:
Virginia, seus amiguinhos estão errados. Eles foram afetados pelo ceticismo de uma era cética. Eles não acreditam a não ser no que vêem. Eles acham que nada pode existir que não seja compreensível por suas pequenas mentes.
Todas as mentes, Virginia, tanto dos adultos quanto das crianças, são pequenas. Neste nosso grande universo, o homem é um mero inseto, uma formiga, em seu intelecto, comparado com o mundo sem limites ao seu redor, e medido pela inteligência capaz de captar toda a verdade e conhecimento.
Sim, Virginia, Papai Noel existe. Ele existe com a mesma certeza que existe o amor, a generosidade e a devoção; e você sabe que eles existem em abundância e dão à sua vida o mais alto grau de alegria e beleza. Ai de nós, que triste seria o mundo se Papai Noel não existisse! Seria tão triste quanto se não existissem Virginias. Nesse caso não existiria a fé inocente e sincera, nem a poesia, nem o romance para tornar tolerável essa vida. Nós não teríamos prazer e alegria, a não ser pelos sentidos e pela visão. A luz eterna com a qual a infância preenche o mundo seria apagada.
Não acreditar em Papai Noel! Isso seria tão absurdo quanto não acreditar em fadas! Você poderia fazer seu papai contratar homens para espiar todas as chaminés na véspera de Natal para avistar o Papai Noel, mas ainda que eles não vissem o Papai Noel descendo, o que isso provaria? Ninguém vê o Papai Noel, mas isso não é sinal de que Papai Noel não existe. As coisas mais reais do mundo são aquelas que nem as crianças, nem os homens, podem ver. Você alguma vez já viu fadas dançando no gramado? É claro que não, mas isso não é prova de que elas não existem. Ninguém pode conceber ou imaginar todas as maravilhas que que não são vistas ou são invisíveis no mundo.
Você pode destruir o chocalho de um bebê e ver aquilo que produz o som dentro dele, porém existe um véu que encobre o mundo invisível, que nem o homem mais forte, nem a soma das forças de todos os homens mais fortes que já viveram até hoje, é capaz de destruir. Somente a fé, a fantasia, a poesia, o amor e o romance podem transpor essa cortina e ver, capturar o cenário paradisíaco de glória e beleza que está além. Tudo isso existe? Ah, Virginia, nesse mundo não há nada que seja mais real e duradouro.
Dizer que papai Noel não existe! Papai Noel existe, e viverá para sempre! Graças a Deus! Mesmo daqui a mil anos, Virginia – não: mesmo daqui a dez vezes dez mil anos, ele continuará a alegrar o coração da infância.
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Dr. Alexandre Feldman, CRM(SP) 59046
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