Caros amigos,
A imprensa vive publicando, em destaque nas página de saúde, artigos com informações simplistas, alarmistas, tendenciosas e erradas sobre a exposição ao Sol.
Para compreender melhor os importantíssimos e vitais argumentos a favor do Sol, leia cuidadosamente – ou releia – meu artigo intitulado O Sol que Cura e o Sol que Mata. Faça isso agora mesmo! Clique aqui para ler.
Ao contrário do que diz a grande mídia, tomar suplementos orais de vitamina D não substitui o Sol e não resolve nem de longe o problema, pois pode ser perigoso em vários sentidos. Por exemplo, a vitamina D2, comum em suplementos, está associada a perigosos efeitos colaterais. E a vitamina D3, equivalente à nossa vitamina D, não deve ser suplementada levianamente em altas doses por tempo indeterminado – ainda que os níveis sangüíneos de vitamina D sejam monitorados periodicamente. O motivo é que tal suplementação pode diminuir nossos níveis de vitaminas A, E e K2. Além disso, eu já havia escrito um artigo alertando especificamente contra o uso indevido de suplementos de vitaminas. Clique aqui para lê-lo.
Outra “pérola” do artigo é a argumentação baseada na expectativa de vida, que antigamente era de 40 anos, e hoje beira os 80. Expectativa de vida não tem nada a ver com quantos anos uma população realmente vive. Ela é calculada dividindo o número de anos de vida de cada indivíduo, pelo número de indivíduos. Se a mortalidade infantil (bebês recém-nascidos a 1 ano de idade) for alta, os números da expectativa de vida baixam drasticamente: numa população de 2 indivíduos, onde um deles viveu 100 anos e o outro 1 ano, a expectativa de vida é de 50 anos e meio.
Além disso, o uso do argumento da “expectativa de vida”, utilizado no contexto do artigo do UOL, pode até assustar a população, dar a ela uma sensação de que você só vive – ou melhor, só vive muito – se tomar suplementos e cobrir sua pele com substâncias químicas nocivas, como os bloqueadores solares. É mais um exemplo da manipulação da cutura contemporânea, que retrata a vida como um evento absolutamente dependente da indústria farmacêutica.
Ninguém menciona, nem divulga, o fato que componentes químicos presentes nos bloqueadores solares, como o metoxicinamato (presente em 90% dos bloqueadores), penetram na pele e podem ser encontrados na urina [British Journal of Dermatology 2005; 154(2): 337-340]. E que o metoxicinamato provocou alterações neuroquímicas e hormonais em experiências com células de ratos [Exp Clin Endocrinol Diabetes 2008 Feb;116(2):94-8].
A desinformação continua. E as doenças florescem…
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