Nortriptilina
A nortriptilina (principal nome comercial fantasia no Brasil: Pamelor) é um “parente muito próximo” da amitriptilina. Explico melhor: quando alguém toma amitriptilina, ela é absorvida pelo intestino e vai, antes de mais nada, para o fígado, onde é transformada em várias substâncias que possuem ação no organismo, sendo que a principal delas se chama nortriptilina. Em outras palavras, a nortriptilina é o principal metabólito ativo da amitriptilina. É como se fosse uma “amitriptilina já mastigada”.
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A notriptilina possui efeitos colaterais geralmente menos intensos que a amitriptilina. Ou seja: continuam podendo ocorrer sonolência, boca seca, intestino preso, taquicardia, etc, porém de intensidade geralmente menor que a amitriptilina provocaria. Por esse motivo, a nortriptilina é em geral melhor tolerada em comparação à amitriptilina.
Enquanto os efeitos colaterais são, via de regra, menos intensos, a nortriptilina possui, em geral, a mesma eficácia na prevenção da enxaqueca (diminuição da frequência, intensidade e duração das dores de cabeça e sintomas associados) que a amitriptilina.
A apresentação da receita médica na farmácia é obrigatória para a venda desse remédio. As farmácias retêm uma das vias da receita.
Alguns possíveis efeitos colaterais da nortriptilina:
Sonolência, Ganho de peso, perda de cabelos, diminuição do desejo sexual, secura de mucosas (boca, olhos, vagina), prisão de ventre, alterações no ritmo cardíaco que podem ser detectáveis no eletrocardiograma, aumento da frequência cardíaca, alterações na condução atrioventricular.
Alguns efeitos colaterais menos comuns são: convulsões, alucinações, delírio, estados confusionais, desorientação, pensamentos e comportamentos suicidas, falta de coordenação, tremores, formigamentos das extremidades, movimentos anormais involuntários, distúrbios da fala, alterações da concentração, tonturas, fadiga, insônia, agitação, pesadelos, sonolência, dores de cabeça, zumbido no ouvido (tinnitus), alterações no eletroencefalograma, retenção urinária, visão embaçada, aumento da pressão intraocular, urticária, vermelhidão na pele, fotossensibilização (hiperreatividade da pele à luz), edema de face e língua, depressão da medula óssea (acarretando em diminuição e até parada da produção de células sanguíneas), leucopenia (diminuição da contagem de glóbulos brancos), trombocitopenia (diminuição da contagem de plaquetas), púrpura, eosinofilia, alterações da função hepática, náuseas, vômitos, alterações do paladar, aumento das mamas em homens (ginecomastia), inchaço nos testículos, secreção anormal de leite (galactorréia) em mulheres, impotência sexual, diminição ou aumento da glicemia (taxa de açúcar no sangue).
Algumas contraindicações da nortriptilina:
Atenção: Nem todas as contraindicações proíbem o uso deste medicamento. Cabe ao médico interpretá-las de acordo com cada caso, individualmente. A decisão de aceitar o tratamento cabe ao paciente bem informado. Por exemplo: sabendo que este remédio pode interferir com a operação de instrumentos de precisão, máquinas e equipamentos, você triplicará seu cuidado ao dirigir um veículo até se certificar dessa possível interferência; por sua vez, um músico profissional evitará iniciar o tratamento com esta medicação na véspera de um concerto.
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O uso de nortriptilina pode não estar indicado para pessoas que possuem histórico de retenção urinária (por exemplo, causada por problemas de próstata), glaucoma de ângulo fechado (nestes casos, até mesmo dosagens usuais podem precipitar um ataque), pressão intraocular aumentada e convulsões.
Pode bloquear o efeito de alguns remédios para pressão alta.
Pacientes que tomam nortriptilina e são portadores de distúrbios cardiovasculares devem ser monitorizados de perto, pois ela pode provocar arritmia, taquicardia e alterações nos batimentos cardíacos em geral. Existem relatos de infarto e acidente vascular cerebral com o uso de antidepressivos tricíclicos (dos quais a nortriptilina faz parte).
Pacientes que tomam nortriptilina e sofrem de hipertireoidismo (ou que, por alguma outra razão, estejam tomando hormônios da tireóide) devem, também, ser monitorados cuidadosamente.
Pode aumentar o efeito do álcool, calmantes e outros medicamentos depressãores do sistema nervoso central.
Pode interferir com a função mental e física necessária para operar instrumentos, equipamentos, máquinas e veículos.
A administração concomitante de dissulfiram pode provocar delírio.
Pacientes com distúrbios psiquiátricos como esquizofrenia e paranóia, podem ter seus sintomas exacerbados pela nortriptilina.
O uso de nortriptilina deve ser monitorado cuidadosamente em pacientes portadores de problemas no fígado.
É prudente evitar o uso desta medicação durante a gravidez e amamentação.
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A nortriptilina está absolutamente contraindicada em pacientes tomando inibidores da monoaminooxidase (por exemplo: tranilcipromina, selegilina, fenelzina etc.) (verifique sempre a composição no rótulo das bulas dos medicamentos que toma ou pretende tomar).
Nortriptilina ou Amitriptilina?
Tanto uma como outra podem ser prescritas para a prevenção (diminuição da frequência, intensidade e duração) da enxaqueca. Embora sejam muito semelhantes, quase idênticas, em termos de atividade farmacológica, essas duas medicações possuem algumas pequenas e sutis diferenças na meia-vida e no espectro de ação em diferentes receptores cerebrais de noradrenalina, serotonina etc.
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Informações
Agendamento
Dr. Alexandre Feldman, CRM(SP) 59046
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