Você Tem Enxaqueca?
Se você tem enxaqueca e está buscando dicas, está no lugar certo. Você vai ler não apenas as 20 dicas prometidas, mas várias outras espalhadas no texto. Vamos começar entendendo o que causa enxaqueca.
A Enxaqueca é causada por um desequilíbrio neuroquímico envolvendo substâncias denominadas neurotransmissores, e seus receptores. Neurotransmissores são substâncias fabricadas pelos neurônios e, como o próprio nome indica, servem para transmitir informações entre os neurônios. Um dos mais conhecidos e estudados desses neurotransmissores se chama serotonina.
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Mais que uma dor de cabeça
Pessoas portadoras desse desequilíbrio nesse sistema de neurotransmissores e receptores ficam predispostas a vários sintomas. A dor de cabeça é apenas um deles.
Na verdade, esta já é uma dica (apesar de não constar entre as 20 dicas que vou passar daqui a pouco). Afinal, quanta gente acha que para ter enxaqueca precisa ter dor forte, necessariamente? Pois então, fique sabendo que enxaqueca pode vir com dor leve, ou até mesmo sem dor de cabeça nenhuma.
Esses sintomas podem surgir mediante uma infinidade de fatores desencadeantes, que para outras pessoas não desencadeariam dor. Podem também surgir na ausência de qualquer fator desencadeante aparente.
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Gatilhos
Como exemplos desses desencadeantes, podemos enumerar o stress, certos alimentos, ficar muito tempo sem comer, dormir durante o dia, acordar mais tarde que o usual, menstruação, enfim, qualquer saída da rotina pode desencadear uma crise. Até mesmo saídas boas da rotina, como a prática de um esporte para alguém que não estava habituado.
Esta foi outra além das 20 dicas prometidas: quem fala que a causa da enxaqueca é alimentar, hormonal, psicológica, etc, não sabe qual é a causa da enxaqueca. A causa é uma só: o desequilíbrio neuroquímico que descrevi acima. Tudo mais são desencadeantes (gatilhos). Enxaqueca não tem “muitas causas”. Pode, isso sim, ter muitos desencadeantes.
Muitos desencadeantes, uma única causa
Lembre-se: tais estímulos são fatores desencadeantes e não causas, dos sintomas. A causa é o desequilíbrio no sistema mencionado acima. Este desequilíbrio é o resultado de uma predisposição genética que se manifesta, ou não, mediante fatores ambientais e comportamentais. Daí a importância dos nossos hábitos e estilo de vida: sono, alimentação, movimento e emoções. Para saber detalhadamente como influenciar esse desequilíbrio através de mudanças no estilo de vida, clique aqui.
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Tratamento
Embora a medicina não ofereça a cura da enxaqueca, ela tem tratamento.
O controle da enxaqueca é obtido através do tratamento preventivo. Este tratamento possui várias frentes, é multidisciplinar, portanto envolve tanto remédios quanto não remédios.
Por não remédios entendem-se importantes mudanças de hábito que você irá aprender e implementar (comece bem, lendo este livro!). Sem essas mudanças de hábito bem orientadas, assimiladas e colocadas em prática para o resto da vida, o tratamento com certeza não será satisfatório a longo prazo.
Diminuição dos Sintomas
O tratamento preventivo não é com analgésicos, mas serve para disfarçar o fato que existe um desequilíbrio neuroquímico. Em outras palavras, serve para minimizar a frequência, intensidade e duração da dor de cabeça.
O tratamento preventivo pode ser realizado não necessariamente com drogas farmacêuticas. Remédios naturais, acupuntura e outros tratamentos não agressivos existem e podem ser eficazes.
O tratamento não atua na causa.
Lembre-se: Como não tem cura, o tratamento preventivo, quando eficaz, funciona apenas como uma “muleta”, escondendo o problema. O objetivo dele é espaçar as dores de cabeça e demais sintomas.
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Espera-se também, com esse tratamento, tornar mais fácil e eficaz a resposta aos remédios para crise. É importante ter em mente que crises podem sobrevir, até mesmo na vigência do tratamento preventivo. Nessas horas, é preciso aplicar a melhor estratégia para eliminar a dor o quanto antes.
Como fazer isso varia de paciente para paciente. O trabalho do seu médico visa, justamente, chegar ao mínimo possível de remédios que resulte no máximo de melhora.
Se o seu médico prescreveu remédios preventivos, nunca deixe esses remédios acabarem. Retorne para consulta antes. Às vezes, estes remédios podem parar de fazer efeito uma vez interrompidos. É melhor não arriscar interromper e seguir as orientações de seu médico.
Não interrompa por conta própria um tratamento preventivo, caso pare de ter dor de cabeça. Deixe essa decisão para o médico tomar na hora certa.
Não há droga que não tenha efeitos colaterais: Todas as drogas farmacêuticas têm risco. Fazem bem de um lado e mal do outro. Toma-se esses remédios quando o mal do remédio é menor que o mal de não tomar o remédio!
Se você melhorou com o(s) remédio(s) preventivo(s), isso não quer dizer que não precisa comparecer periodicamente às consultas e retornos com seu médico. O monitoramento do tratamento é fundamental para a sua própria segurança.
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E para tomar o quanto menos remédio, é preciso que a parte não-remédio do tratamento – uma série de ações, entre as quais, aquelas mudanças de hábito que dependem só de você – esteja sendo seguida!!
Sua dor é diária?
Pessoas com dores de cabeça diárias ou praticamente diárias, especialmente aquelas que utilizam analgésicos com cafeína diária ou quase diariamente, devem ser submetidas a um pré-tratamento no sentido de cortar o ciclo diário de dor e a necessidade diária desses analgésicos. O motivo da necessidade desse pré-tratamento reside no fato que, na vigência do uso diário desses analgésicos, a maioria dos pacientes não responde ao tratamento preventivo. Este pré-tratamento varia de clínica para clínica e de caso para caso. Na Clínica Alexandre Feldman, ele quase sempre inclui acupuntura, administrada na própria Clinica durante 5 dias. Se for cortado com sucesso o ciclo diário, a dor volta a ser passível de tratamento preventivo.
É claro que, além das intervenções médicas, o paciente deve SE cuidar. Em outras palavras, seguir as orientações médicas no que diz respeito à alimentação, sono, gestão do movimento e das emoções.
Não esqueça de SE cuidar!
Movimente-se diariamente. Movimento é parte do tratamento. Faça exercicios físicos diários. Se você está fora de forma ou com tanta dor a ponto de dificultar a prática de exercícios, inicie com uma caminhada diária de 10 minutos. A enxaqueca pode ser desencadeada por saídas da rotina, portanto faça, lenta e gradualmente, do exercício, uma rotina.
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Beba água (pouca quantidade por vez, várias vezes ao dia).
Cuide de sua alimentação. Coma de acordo com as dicas abaixo e a dieta explicada no meu livro.
Detecte suas fontes de stress, e procure contorná-las.
Nas crises
É importante que você procure se afastar, o quanto antes daquilo que estiver fazendo, ao perceber o início de uma crise.
Procure, durante uma ou duas horas, isolar-se de ruídos e outras atividades. Utilize as técnicas de relaxamento que você aprendeu e treinou (não aprendeu ainda? Comece o quanto antes!).
Jamais tente “lutar contra” a crise. Pensamentos como “Por Que Eu?”, “De novo??“, “Eu não vou ter dor de cabeça!!” somente irão aumentar o stress e facilitar/intensificar a dor de cabeça e demais sintomas. Não “entre no jogo” da enxaqueca, ficando com raiva dela. Programe-se para relaxar.
Não ignore a dor de cabeça da enxaqueca, fingindo que ela não está “dando sinal”. Lembre-se que crises de enxaqueca, quando não abordadas no início, podem durar várias horas a dias apesar dos medicamentos. Esta simples dica pode abortar uma crise que duraria dias, em poucas horas. Siga-a!!
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20 dicas para não ter enxaqueca
Pronto, agora sim, as dicas prometidas. Se você tem enxaqueca, leia e siga. Clique em cada um dos links para mais informações:
- Procure não fumar ou ficar perto de quem fuma;
- Evite o consumo diário de cafeína (café, refrigerantes, chás estimulantes, entre outros);
- Beba água;
- Não tome pílula anticoncepcional. Procure métodos sem hormônios;
- Não faça reposição hormonal convencional;
- Vá dormir mais cedo, e não pense que é o mesmo que acordar mais tarde;
- Procure acordar todos os dias no mesmo horário;
- Fuja do glutamato monossódico (ex: cubinhos de caldo de galinha e outros. Veja rótulos);
- Exclua o leite de sua dieta;
- Consuma derivados fermentados do leite, como iogurtes naturais, queijos e kefir;
-
Evite comer doces;
- Evite o consumo de pães;
- Evite o consumo de massas;
- Coma comida de verdade, não processada industrialmente: carnes, ovos, peixes, arroz, feijão, salada, legumes, frutas frescas (mas não sucos), iogurte, queijos (sim, queijos! Você sempre ouviu falar que devem ser evitados, mas isso, quase sempre, não é verdade. Mais informações neste artigo), cogumelos, sal, pimenta, ervas, temperos naturais, raízes. Gengibre e chá de gengibre pode ser particularmente benéfico. Inspire-se com receitas do site da culinarista Pat Feldman.
- Evite carne de frango e salmão, elas podem conter antibióticos entre outros aditivos;
- Evite o consumo de produtos industrializados. eles podem conter substâncias desencadeantes, como nitritos, sulfitos, etc;
- Procure consumir carnes de animais criados soltos, à base de alimentação natural e não de ração exclusivamente. O mesmo vale para peixes.
- Procure consumir ovos de galinhas criadas soltas, ciscando em pasto (galinhas caipiras) e não alimentadas exclusivamente de ração de milho/soja.
- Se possível, compre frutas, verduras, legumes, sementes e grãos que tenham sido cultivados de maneira sustentável, de preferência sem (ou com o mínimo possível de) agrotóxicos.
- Não falte às consultas com seu médico. Não deixe que seu remédio preventivo acabe sem antes consultá-lo. O monitoramento periódico é fundamental para a segurança e eficácia do seu tratamento. Jamais se automedique.
Por fim, de todas as dicas, a mais importante: Faça meu curso. Se você gostou deste artigo, com certeza vai adorar as videoaulas e poderá se beneficiar muito. Este curso é sobre O QUE FAZER além de só tomar remédios. Já ajudou muita gente e poderá ajudar você também.
Informações
Agendamento
Dr. Alexandre Feldman, CRM(SP) 59046
Atendimento Online e Presencial