Já elaborei, num artigo anterior, o que considero um guia básico de alimentação infantil, voltado para futuros pais. Neste artigo, falarei um pouco sobre um grande desafio para todos os pais dedicados a fornecer uma alimentação saudável para seus filhos: a escola.
Pode estar tudo muito bom em casa, você escolhe o que seu filho come, prepara as refeições ou acompanha o preparo, compra os ingredientes…
Mas chegará um dia em que seu filho irá para a escola. E aí?
Nas horas que ele passa na escola, você não pode vigiar como e quando ele come, que ingredientes a escola compra, se eles utilizam cubinhos de “caldo de carne, frango, etc” repletos de glutamato monossódico neurotóxico, ou se fazem o próprio caldo a partir de ingredientes nutritivos e saudáveis. Você não está lá para ver o que é servido. Além disso, é inviável e chega até a ser doentio parar a sua vida para vigiar tudo o que está acontecendo na escola, 24 horas por dia.
Como fazer, então?
Tudo aquilo que a escola ensina de português, matemática, história e geografia é muito importante – afinal, é a função principal da escola ensinar “matérias”. Porém, se considerarmos que a criança passará várias horas do seu dia nessa escola, é inevitável concluir que, juntamente com todas essas “matérias”, ela vai aprender, ‘de quebra’, regras de convivência, como comer, o que comer, a que horas comer, o que beber, quando beber. Portanto, o primeiro passo é procurar uma escola de cuja filosofia faça parte uma ênfase à alimentação saudável, e que esteja buscando continuamente novidades na area da alimentação. Uma escola que reconheça o valor de uma alimentação densa em nutrientes para a saúde, desenvolvimento físico, intelectual e emocional de seu filho.
Procure uma escola que, além de preocupada com o cardápio, esteja disposta a ouvir a opinião dos pais. Uma escola que tenha flexibilidade para ouvir propostas e considerar a possibilidade de mudanças para melhor, na alimentação. Já ouvi falar de escolas caras e muito conceituadas que, quando recebem uma reclamaçao ou sugestão enfática dos pais neste sentido, ignoram-nas e até sugerem a esses pais que, caso não estejam satisfeitos, procurem outra escola para seus filhos, já que existe uma grande fila à busca daquela vaga que seu filho ocupa. Nessas escolas, tenha certeza: nossos filhos não são nada além de um número – e você, nada mais que a mãe ou o pai desse “número”.
Minha idéia, neste artigo, não é sugerir nada em termos pedagógicos, já que não sou da área, mas sim, tentar dar boas dicas a pais perdidos na hora de procurar uma boa escola para seu filho, para uma saúde radiante e uma vida feliz, sem doenças provocadas por maus hábitos alimentares. Sabemos que tais hábitos, desenvolvidos na fase escolar, tendem a persistir pelo resto da vida.
Em geral, é melhor escolher uma escola pequena. Numa escola pequena, a chance dos pais serem ouvidos é muito maior, o relacionamento escola-pais fica muito mais pessoal. As normas podem ser mais flexíveis e adaptáveis a circunstâncias pessoais. As conversas são muito mais bem-vindas. A filosofia, muito mais democrática. Pesquise tudo isso antes de escolher uma escola para seu filho. Uma escola que, na minha opinião, se destaca por todas essas características é o Colégio Ofélia Fonseca, em São Paulo.
Já existem, pelo menos em São Paulo, escolas que não permitem que a cantina venda ou os pais mandem na lancheira ‘coisas’ como refrigerantes, salgadinhos, frituras. Procurar uma escola dessas pode ser um bom começo.
Se você tiver disponibilidade, opte pelo meio-período. Assim, seu filho fará, no máximo, um lanche na escola, e as refeições principais continuarão acontecendo em casa, na companhia dos pais, ou pelo menos de um deles. Se bem que o lanche da escola, na minha opinião, é totalmente dispensável – mas isso é assunto para um futuro artigo.
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