Crianças Devem Ser Protegidas dos Alimentos Industrializados
Você pretende ser mãe (ou pai) algum dia? Quer que suas crianças sejam donas de uma saúde radiante? Deseja poupar seus filhos de décadas de dor de cabeça e enxaqueca? Gostaria que suas crianças tivessem um futuro feliz, sorridente, saudável e bem-humorado apesar de todas as dificuldades que a vida oferece?
Eu posso ouvir daqui você respondendo Sim! a essas perguntas. Por isso, aqui vão dois dos principais facilitadores para suas crianças alcançarem esses objetivos:
- Ofereça sempre às suas crianças uma alimentação densa em nutrientes saudáveis; e
- Não ofereça, e não deixe que ofereçam às suas crianças alimentos industrializados.
Não se preocupe com a quantidade de alimento ingerida, mas com a qualidade. Uma única colherada de um alimento denso em nutrientes pode ser mais completa que um prato cheio de “comida”. Por exemplo: um prato cheio de macarrão não contém praticamente nenhum nutriente. Pelo contrário – as “calorias vazias” da farinha vão requerer energia e nutrientes da criança para sua digestão e absorção. Isso representa exatamente o contrário do desejável. Pior ainda se contiver molhos com ingredientes artificiais.
Aparências que enganam
É claro que dá prazer a uma mãe ver seu filho raspar um prato cheio, comer com gosto e ainda pedir mais. É claro que ver seu filho comendo 3 colheradas numa refeição pode parecer preocupante – e pode parecer relapso de sua parte deixá-lo comer só isso. A tentação de incluir uma bolacha ou um pãozinho de queijo relpletos de farinha refinada e gorduras vegetais oxidadas é grande nessa hora. Mas este é o típico exemplo de aparências que enganam.
A boa alimentação do bebê começa pela sua alimentação
Futuras mães devem se educar neste sentido, consumindo, elas mesmas, desde já, alimentos densos em nutrientes; já que as refeições do bebê durante os primeiros meses de vida sairão do próprio corpo delas: o leite materno. Leite materno é muito bom, desde que a mãe tenha uma alimentação muito boa.
Na hora de iniciar a alimentação sólida, todo o cuidado é pouco. Cada ingrediente deve ser pensado e, principalmente, deve-se respeitar a saciedade da criança. Não é porque você ou o pediatra acham que seu filho precisa comer uma quantidada “x” todos os dias, que ele vai comer essa quantidade.
Respeite o apetite da criança
Se numa refeição, seu filho comer a porção inteira, ótimo. Se na refeição seguinte, seu filho comer uma ou duas colheradas, respeite.
Na chegada de novos dentes, o apetite tende a diminuir.
Quando está muito calor, também.
Em caso de resfriados e outras doenças, idem.
Respeite.
Resista à pressão externa
Mas tem sempre a pressão – imensa – da família: a mãe, a sogra, o tio, a tia, a vizinha, o gato, o papagaio…
Se a criança come demais é porque vai ficar gorda. Se come de menos, vai ficar desnutrida. Se bebe, é porque bebeu demais. Se não bebe, é porque vai desidratar!!!!
Ótimo para dar um nó na cabeça das mães de primeira viagem.
Mas sugiro que você siga firme nos seus instintos – e no seu conhecimento, que deve sempre se expandir. Meu curso sobre enxaqueca pode colaborar muito nesse sentido, já que possui um módulo completo sobre alimentação.
Na hora do palpite, todo mundo tem algum para dar. Mas na hora em que seu filho ficar doente, é você que poderá ser chamada de péssima mãe. Portanto, não ceda a “palpites”.
Coitadinho! Não teve infância se não comeu isso/aquilo.
Você vai ouvir muito, frases como: “Eu comi isso quando criança e – olhe para mim – estou aqui, viva”. Ou então, “Só um pouquinho não faz mal”. Bem, se é assim, então só um pouquinho de vinho na mamadeira também não faria mal. Se é assim, fumar um cigarrinho desde pequeno também não faria mal!
Ninguém apoiaria um vinhozinho ou um cigarrinho. Tal atitude, além de fazer mal, não é socialmente aceita. Mas lembre-se: muitos hábitos que são (hoje) socialmente aceitos, na verdade fazem mal.
E mais: O que você sabe sobre a vida daquela pessoa? Ela por acaso te conta que não consegue dormir à noite? Ou que está à beira de um ataque de nervos? Ou que sofre de enxaqueca, que tem asma, bronquite, ou diabetes, vive tendo crises alérgicas, ou que seu humor é péssimo e que luta com a ansiedade, depressão e pânico? Talvez ela nem tenha se dado conta de que sofre de tantos problemas. E não precisaria ser assim. Afinal, uma pessoa de mau humor, com diabetes, TPM, alergias e dor crônica não é normal. Não é a como a natureza tencionava. E a alimentação dela pode ter tido influência. Porém ela nem sequer desconfia.
Chegará um momento em que a criança vai acordar para o mundo e, entre outras coisas, começará a sentir curiosidade em experimentar a comida dos pais. Nessa hora, cabe a você decidir o que vai ter no seu prato para seu filho experimentar. Não dá para enganar a criança. Se você está comendo bolacha, é bolacha que ela vai querer experimentar. As suas escolhas serão as escolhas do seu filho. E essas escolhas farão diferença na sua saúde e na dele. Não é de se admirar que a enxaqueca, e muitas outras doenças, ocorram em membros da mesma família.
O próximo desafio é a escola. Sobre isso, falaremos em outra oportunidade.
Alguns alimentos densos em nutrientes
Minha lista de alguns dos principais alimentos densos em nutrientes:
- Leite materno
- Ovos
- Caldo de carne caseiro
- Manteiga
- Carne
- Óleo de coco
- Peixe (pescado e não cultivado)
- Óleo de fígado de bacalhau
- Iogurte natural de leite integral (não desnatado, sem aditivos)
- Leite cru (aquele direto da vaca) (bem difícil de encontrar, mas não impossível
- Fígado
- Sal não refinado
Este artigo é duplamente importante para futuros pais. É muito difícil (embora não impossível) reverter, numa criança, o paladar já adquirido.
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