Chocolate – Existirá Algum Benéfico Para Enxaqueca?
Quem tem enxaqueca pensa em chocolate com muita saudade e tristeza, pois esta é uma gostosura totalmente proibida para a maioria dos sofredores do mal. Pelo menos assim ela é considerada pela maioria das pessoas, inclusive os médicos.
Por outro lado, andam pipocando na mídia diversos estudos defendendo o chocolate como alimento saudável, rico em flavonóides benéficos.
Quem está certo afinal?
Dos dois lados, existem acertos e erros. O chocolate comercial, aquele que lota as prateleiras dos supermercados e padarias, pode realmente ser prejudicial. Na minha opinião chamar tal produto de chocolate é até um erro, uma incoerência, pois ele possui muito pouco – ou nada – dos ingredientes básicos do alimento saudável que foi originalmente chamado de chocolate (cacau e manteiga de cacau, que por sinal são matérias-primas muito caras até hoje). O produto que hoje é vendido como chocolate é uma mistura de aroma artificial sabor chocolate, aroma artificial de baunilha, lecitina de soja, óleo de soja (por sinal, totalmente oxidado), gordura vegetal hidrogenada (às vezes eles “esquecem” de escrever hidrogenada, mas com certeza ela está), leite em pó com proteínas desnaturadas e gorduras oxidadas, montes de açúcar refinado ou adoçante artificial neurotóxico, estabilizantes, conservantes, emulsificantes, corantes e – com muita sorte -, algum cacau e manteiga de cacau. Para conferir, basta ler os rótulos das marcas mais conhecidas.
Um Bom Chocolate Pode Fazer a Diferença
Nossa, com tudo isso até parece que estou querendo acabar com seu prazer de comer chocolate, inclusive em ocasiões especiais como a Páscoa. Mas não. Na verdade, estou apenas tentando prevenir meu querido leitor de uma grande dor de cabeça, literalmente.
Felizmente, os estudos defendendo o chocolate não estão errados quando se fala no chocolate original. E ele existe, apesar de ainda ser bastante difícil de conseguir. O chocolate saudável baseia-se em puro cacau, eventualmente manteiga de cacau, alguma quantidade inevitável de açúcar, e só.
Alguns chocolates são verdadeiramente artesanais e sua composição baseia-se nos ingredientes do parágrafo anterior. Mas nem por isso você deve se encantar automaticamente, frente a qualquer “chocolate belga” (ou francês, ou suíço, etc) que existe por aí. É preciso analisar os ingredientes a partir da leitura dos rótulos.
Você também não deve se encantar com a imensa maioria dos “chocolates artesanais” que existem por aí. A maioria é feita a partir de matérias primas de péssima qualidade – ou seja, barras comerciais conforme a descrição do “chocolate frankenstein” acima, derretidas e remoldadas – mudando apenas o molde (formato) e recheio – normalmente castanhas oxidadas, “cremes” químicos e ainda mais açúcar. Muitos “chocolates artesanais” são confeccionados por pessoas que só visam complementar sua renda e não entendem verdadeiramente do assunto, podendo inclusive seguir padrões de higiene questionáveis. Além, é claro, de desvirtuar o verdadeiro significado do termo artesanal.
Conclusão
Por isso, minha recomendação é: Procure! Pergunte! Peça! Comente! Mostre ao seu fornecedor que vale à pena investir nessa tendência. Prestigie quem oferece chocolates e alimentos de qualidade.
Para meus Leitores e Alunos: Se você está fazendo a dieta delineada no meu livro e curso, então suspenda todo e qualquer chocolate nos primeiros 3 meses.
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Dr. Alexandre Feldman, CRM(SP) 59046
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