A edição de fevereiro de 2007 do Journal of Agricultural and Food Chemistry traz notícias muito boas sobre as propriedades do cacau. O autor do trabalho demonstrou que uma substância presente no cacau, chamada n-cafeoildopamina, possui propriedades antiinflamatórias semelhantes às das drogas antiinflamatórias mais modernas.
Essa substância confere ao cacau um poder inibitório sobre as Ciclooxigenases 1 e 2 (COX-1 e COX-2).
Sabemos que os antiinflamatórios contemporâneos (caríssimos!), que possuem essa mesma propriedade, têm o inconveniente potencial de provocar doenças no coração. O mesmo não acontece com o cacau, uma vez que este possui uma série de outras substâncias com propriedades protetoras do coração, mais do que comprovadas em publicações científicas.
Infelizmente, na nossa cultura influenciada, em quase 100%, pela indústria farmacêutica, descobertas como esta não refletem numa iniciativa dos profissionais de saúde em encorajar o uso sistemático do cacau por tantas pessoas que poderiam se beneficiar de sua atividade antiinflamatória.
Pior ainda: o desconhecimento é tão generalizado, que a maioria das pessoas pensa que todo e qualquer chocolate contém quantidades siginificativas de cacau. O que não é o caso para a maioria dos chocolates disponíveis no Brasil. Fica muito mais barato fazer um chocolate repleto de aromatizantes, emulsificantes, conservantes, corantes, óleo de soja e açúcar, açúcar e mais açúcar. O que se vê, conseqüentemente, no dia-a-dia, são milhões de pessoas com uma série de problemas de saúde (inclusive enxaqueca, problemas hormonais e acne) associados ao consumo do chocolate, um alimento que poderia ser muito saudável.
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