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Quais são os principais tipos de componentes que fortalecem a saúde e que são encontrados em alimentos? Em quais alimentos eles são encontrados?
A lista seria muito longa para mencionar aqui. Alguns desses componentes são o ômega-3, encontrado na gordura de animais criados soltos à base de capim no caso dos ruminantes, insetos no caso das aves e alimentação onívora no caso dos suínos; ou nos peixes de águas profundas que não foram criados em cativeiro. Infelizmente, a carne de animais criados à base de ração de grãos terá sua quantidade de ômega-3 reduzida a quantidades irrisórias ou nulas. É o caso do gado e dos porcos criados em confinamento à base de ração, bem como dos salmões à venda no Brasil, também criados em cativeiro (“fazendas” de salmão), à base de rações monótonas e uso sistemático de antibióticos.O ômega-3 também está presente nas gemas dos ovos de aves criadas soltas,com “pasto” e insetos à disposição. Outro nutriente vital para nossa saúde, porém de difícil obtenção é a Vitamina D, presente na carne de fígado (muito utilizada na boa gastronomia), na banha do porco (o porco precisa ter sido criado solto, pois a exemplo do metabolismo humano, os raios solares são convertidos, na pele do porco, em vitamina D), no camarão (pescado, não cultivado. O cultivado, de regra, recebe antibióticos nocivos) e na manteiga (atenção: manteiga, não margarina).Todos estes ingredientes são parte integrante da boa gastronomia tradicional.
Quais alimentos devem ser mais consumidos? E quais devem ser evitados?
Sugiro consumir mais os alimentos densos em nutrientes citados acima: carnes, ovos, manteiga e gordura de animais criados soltos à base de sua alimentação natural, e verduras orgânicas, são um ótimo começo.
Sugiro evitar, sistematicamente, todos os ingredientes artifriciais, os quais nunca deveriam fazer parte da boa gastronomia: glutamato monossódico, adoçantes artificiais, nitritos, sulfitos e outros conservantes, além de corantes, estabilizantes, emulsificantes e aromatizantes artificiais.
Sugiro evitar o consumo regular de alimentos refinados (ex: sal refinado, óleo refinado, açúcar e farinha refinados) (sugiro o uso de sal não-refinado, conhecido no Brasil como “sal bruto” ou “sal de córrego”, rico em grande quantidade de minerais).
Sugiro evitar o consumo de alimentos com baixos teores de gordura, pois como expliquei antes, ao contrário das normas “politicamente corretas”, é na gordura de animais criados nas condições acima enumeradas que se encontram muitos nutrientes essenciais à nossa saúde e bem-estar.
No caso específico da dor de cabeça da enxaqueca, qual a participação da alimentação na cura dessa doença?
Embora a medicina não detenha a cura dessa (e de nenhuma outra) doença, é possível preveni-la ou minimizá-la através de um estilo de vida saudável. Comece seguindo as orientações da resposta anterior. Na verdade, o caso específico da enxaqueca daria um livro. Eu mesmo escrevi dois livros abordando este assunto!
Alimentos crus são mais saudáveis?
Depende do modo com que são preparados. Em princípio, os alimentos crus (ex: carne como num steak tartar, kibbeh, carpaccio; leite cru – aquele que não foi sequer pasteurizado ou fervido -, peixe cru como num sashimi) podem ser riquíssimos em nutrientes termossensíveis (por exemplo, a importantíssima vitamina B6), além de serem ricos em enzimas que auxiliam enormemente nossa digestão. Verduras como a cenoura, brócolis e couve-flor são melhor aproveitados se cozidos levemente no vapor, na presença de manteiga (a gordura facilita a absorção das vitaminas lipossolúveis). Grãos cereais como o feijão, grão-de-bico, trigo, arroz integral, não deveriam ser consumidos sem antes serem deixados de molho por várias horas, para eliminar os antinutrientes que, naturalmente, contêm.
É todo mundo que pode adotar uma alimentação baseada nestes alimentos ou há algum tipo de restrição?
Na minha opinião, se todo mundo consumir uma alimentação isenta de agrotóxicos, ingredientes refinados e artificiais, e passar a consumir uma alimentação natural, tradicional, densa em nutrientes, a melhora geral da saúde será imensa.
A água é realmente o alimento que mais contribui para a saúde?
A resposta politicamente correta seria “sim”. Porém, é preciso considerar que toda a nossa água potável é contaminada por uma das substâncias mais tóxicas da natureza – o flúor – com a argumentação de que este “faz bem aos dentes”. O flúor possui propriedades altamente tóxicas para o cérebro e sistema nervoso como um todo. As quantidades de flúor adicionadas à água são calculadas de acordo com a “média de consumo”! Ou seja, se alguém bebe o dobro ou o triplo da média, pode estar ingerindo doses altamente tóxicas desse veneno. A sociedade deveria se unir contra a “medicalização obrigatória” da água que bebemos, sem nos deixar opção.
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