Enxaqueca, Hipotireoidismo, Tireoide e Alimentação
Tireoide e Alimentação, Hipotireoidismo e Enxaqueca
Qual a importância da glândula tireoide na enxaqueca? Acontece que distúrbios da tireoide são um grande motivo de desencadeamento ou agravamento de enxaqueca. O hipotireoidismo é um estado de mau funcionamento da glândula tireoide resultando em produção insuficiente de hormônios denominados T3 e T4. Além de agravar enxaqueca, o hipotireoidismo pode provocar diversos outros sintomas além da dor de cabeça. Neste artigo você conhecerá a relação entre hipotireoidismo, tireoide e alimentação inadequada.
Segundo as estatísticas, o hipotireoidismo tem se tornado cada vez mais comum e geralmente demora para ser diagnosticado. Os sintomas existem e incomodam, porém são confundidos com sintomas de outras doenças como depressão, TPM e outros distúrbios hormonais, problemas de peso, unhas, cabelos, pele etc. Se você ainda não leu meu artigo sobre hipotireoidismo e seus sintomas, leia agora e depois volte aqui.
Você poderia se perguntar qual a razão desse aumento na incidência dos distúrbios da tireoide. A resposta pode ser encontrada, em boa parte, na alimentação. Como veremos, diversos itens comuns do cardápio cotidiano, para nossa surpresa, não são tão benéficos quanto parecem. O bom (ou mau) funcionamento da tireoide e alimentação estão relacionados.
Com tantas informações surpreendentes que a ciência possui sobre os malefícios de ingredientes tão comuns e rotineiros, é natural nos perguntarmos: – O que comer, então? Este é o tema de outro artigo. Leia este até o fim antes de pensar no que comer, pois é mais importante excluir um alimento potencialmente inadequado que incluir um adequado.
Mas já adianto que a melhor resposta a essa pergunta, “O que comer?“, pode ser encontrada na culinária tradicional. Aquela das avós de nossas bisavós, que sua vez aprenderam de seus antepassados, numa época em que praticamente não existiam médicos e cirurgias, apenas bons hábitos alimentares passados de geração para geração e graças aos quais existimos hoje.
Infelizmente, interesses econômicos têm provocado desvios na visão de muitos cientistas modernos, que se acham semideuses capazes de melhorar os alimentos que existem na natureza. Felizmente, existe também uma ciência séria, que demonstra o prejuízo do processamento industrial dos alimentos em nome de uma pretensa comodidade. Porém, precisamos nos lembrar todos os dias de que não é nada cômodo ficar doente.
Tireoide e alimentação – Que comidas evitar?
Se você deseja evitar ou minimizar hipotireoidismo e outros problemas da tireoide através da alimentação, EVITE:
1. Soja
Se você tem hipotireoidismo ou outra doença na tireoide, uma das primeiras medidas úteis é cortar totalmente o uso de soja da alimentação.
Atente que a soja é utilizada em mais de 60% dos alimentos industrializados (vide rótulos, inclusive de salsicha, peito de peru, carne processada para hambúrgueres, barras de cereais e até chocolates), seja na forma de proteína, óleo, lecitina, etc.
A soja possui grandes quantidades dos seguintes antinutrientes:
a) Ácido fítico, que se liga a importantíssimos minerais da alimentação, especialmente o zinco, cálcio, magnésio e outros minerais importantes para o bom funcionamento da tireoide e do organismo como um todo, dificultando sua absorção;
b) Inibidores da tripsina – a tripsina é uma enzima importante do nosso organismo, utilizada no processo de digestão. Digestão inadequada significa aporte inadequado de nutrientes para a tireoide e restante do organismo;
c) Isoflavonas, genisteína e daidzeína, substâncias que possuem atividade antitireoideana demonstrada cientificamente. Pesquisas mostram que as isoflavonas da soja, as quais se encontram “na moda” para inúmeras “utilidades”, como se fossem panaceias, são, na verdade, os mais potentes inibidores da função tireoideana, seguidas pela daidzeína e, em terceiro lugar, a genisteína. Nenhum outro alimento, na nossa realidade, possui mais antinutrientes que a soja.
2. Açúcar e Farináceos
O delicado mecanismo de controle dos níveis de açúcar no sangue (glicemia) requer uma ação muito bem coordenada entre a insulina do pâncreas e outros hormônios de diversas glândulas, entre as quais as adrenais e a tireoide.
Quando o açúcar e o amido são ingeridos na sua forma natural, não-refinada, como parte de uma refeição contendo gorduras e proteínas saudáveis e nutritivas, a sua digestão ocorre mais lentamente, permitindo que o açúcar entre na corrente sanguínea num ritmo gradual e moderado, ao longo de várias horas.
Se o organismo permanecer sem comida durante muito tempo, o nosso mecanismo de controle aciona as reservas de açúcar armazenadas no fígado.
Assim, esse fantástico processo de regulação do açúcar no sangue garante às células um suprimento uniforme e constante de glicose. Em consequência, o organismo como um todo se mantém estável, física e emocionalmente.
Por outro lado, quando consumimos açúcar e farináceos refinados como pães, bolachas, bolos, doces e massas, desacompanhados de gorduras e proteínas em proporções significativamente maiores, a digestão do açúcar ali contido se dá muito rapidamente, provocando um aumento súbito do açúcar na corrente sanguínea. Em resposta, ocorre uma produção de quantidades imensas (picos) de insulina, hormônios da tireoide e vários outros, na tentativa de baixar o açucar do sangue para níveis aceitáveis.
Conforme o organismo vai sendo tomado de assalto, repetidamente, por concentrações excessivas de açúcar, é possível uma quebra no delicado mecanismo de controle dessa substância. Nessa situação, vários componentes desse mecanismo podem permanecer em constante estado de hiperatividade, resultando no desgaste e insuficiência de alguns deles, entre os quais a glândula tireóide.
Tal situação é exacerbada pelo fato de uma dieta rica em açúcar e farináceos refinados ser pobre em vitaminas, minerais e enzimas, elementos necessários para a manutenção adequada das glândulas (a tireoide é apenas uma delas) e seus hormônios, que uma vez desequilibrados, provocam a manifestação de dores de cabeça, crises de enxaqueca, alergias, obesidade, depressão, distúrbios comportamentais e de aprendizado.
3. Óleos Vegetais Comuns
A campanha contra as gorduras saturadas e a favor dos óleos vegetais poliinsaturados (canola, milho, soja, margarina, etc) na culinária é boa apenas para a indústria alimentícia e não para a sua saúde.
Quase todos os alimentos industrializados, incluindo pães, bolachas, biscoitos, salgadinhos, batatinhas, molhos, doces, produtos com zero colesterol, maioneses, sorvetes e cereais matinais, contêm gorduras vegetais poliinsaturadas e/ou hidrogenadas. Fazem parte, frequentemente, de cardápios vegetarianos.
Até mesmo a assim chamada gordura saturada do frango, porco e carnes de bois criados em confinamento, encontra-se alterada devido à alimentação desses animais à base de ração de soja, milho e outros produtos ricos em ácidos graxos (gorduras) poliinsaturados.
Acontece que, entre outros problemas, as gorduras poliinsaturadas inibem a liberação do hormônio da tireoide. Como? Através da inibição de enzimas proteolíticas. Essas enzimas são importantes na digestão de proteínas. Sem elas, a digestão da proteína coloidal que é liberada pela tireóide e guarda dentro de si os seus hormônios, é prejudicada. Sem a digestão do colóide, não há liberação dos hormônios.
O hormônio da tireóide é essencial na fabricação, a partir do colesterol, de uma série de hormônios esteróides, como a progesterona, pregnenolona e o assim chamado DHEA, conhecido como hormônio antienvelhecimento. Na insuficiência tireoideana (hipotireoidismo), o colesterol, matéria-prima de todos os hormônios esteróides, pode se acumular e se elevar. E com a diminuição da progesterona, aumentam as chances de ocorrer uma dominância estrogênica, que contribui para a atual epidemia de TPM, cólicas menstruais, cistos ovarianos, nódulos mamários e câncer.
4. Certas Verduras Cruas
Algumas verduras cruas contêm substâncias naturais chamadas glucosinolatos, que podem interferir negativamente com a produção de hormônios da tireóide. Entre essas verduras estão o repolho, brócolis, couve, couve-de-bruxelas, couve-flor e espinafre. Existe uma maneira de tornar saudável o consumo habitual dessas importantes verduras. Falaremos sobre isso neste artigo aqui.
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